BLOODFORGE

22/11/2012 17:14

Por Otávio Mendes

Com letras que falam de cura, e independente da situação em que a pessoa se encontre, existe uma Luz capaz de dissipar toda a escuridão. Esta é a proposta da banda paulistana de heavy/góthic/doom metal Bloodforge. Doug Bathmann, líder, baixista e vocal da banda nos conta um pouco, sobre a tragetória e a fé em que o Bloodforge tem como base para suas composições. Doug também nos da um parâmetro sobre os dois singles lançados pela banda "Forged" (2005), "Screming Voices" (2010) e sobre o primeiro album intitulado "Struggle" que está em processo de gravação.

 

M4JZ - Você poderia nos dar uma breve história de como a banda foi formada?
Doug
- A história do Bloodforge teve seu início em setembro de 2004. Nesta época, meu amigo Éder Anjos estava organizando um festival de bandas em São Caetano do Sul – SP, e me convidou para participar, mas, para isso, eu teria que montar uma banda, pois havia algum tempo que o Militia, minha última banda, havia acabado. Logo, convidei meu amigo de longa data, o guitarrista Vagner Machado, que me ajudou em um breve retorno do Militia no passado. A nossa ideia era reunir uma banda de Heavy Metal tradicional, apenas para este evento. Para compor o resto do grupo, chamamos nossos amigos Miguel Polizel (bateria), o vocalista Gilmore Lucassen e um amigo do Vagner, o guitarrista Rod Silva. Todos estes (exceto eu) já haviam passado pela banda de Hard Rock Soulshine. Depois, tive um “insight” de incorporar teclados e vocais femininos, e para isso, convidei outros amigos, a vocalista Sus Gramcianinov e o tecladista J. Marcel. A ideia era apenas reunir alguns amigos pra tocar em um único festival. Mas logo percebemos que deveríamos levar o projeto adiante. Estava formado então o Bloodforge! Desde 2004 até hoje, diversos músicos passaram pela banda, restando da formação original apenas Eu, Doug Bathmann, e o Rod Silva. A formação hoje é: Estefania Bonfanti (Vocal Feminino), Doug Bathmann (Baixo, Vocal Masculino), Marcus Lopes (Teclado, Vocal Gutural), Rod Silva (Guitarra, Vocal Gutural), Jason Loureiro (Bateria), Tiago Wolf (Guitarra)

M4JZ - Fale-nos um pouco sobre o novo CD "Struggle". Quanto tempo vocês vem trabalhando nele e quais os obstáculos que precisaram enfrentar?
Doug
- O “Struggle”, como a própria palavra significa, tem sido uma grande luta e um grande esforço. Se formos considerar de verdade, tendo em vista que ele é nosso primeiro CD Full Length, estamos trabalhando nele desde o início da banda, desde que, pela primeira vez, tocamos “Morning Star”. Mas, na verdade, entramos em estúdio em Maio de 2011, e temos gravado aos poucos, com muito carinho e atenção, tendo em vista que temos somente alguns fins de semana para irmos ao estúdio, dado o fato que todos temos trabalhos paralelos ao Bloodforge. Os obstáculos maiores são: financeiro (o maior), tempo disponível, distância (para mais da metade da banda, o estúdio fica a uma viagem de distância) e a coordenação das participações especiais (Corais, Violoncelo, Flauta e Violino).

M4JZ - Qual foi a repercussão do EP "Forged" e do Single "Screaming Voices"?
Doug
- Eu diria que superou nossas expectativas, em ambos os casos. Na ocasião do “Forged”, éramos totalmente desconhecidos, e nosso CD foi parar na Grécia, Noruega, EUA, Itália e mais alguns países, com resenhas todas muito positivas! Quanto ao “Screaming Voices”, quando lançamos o projeto, não sabíamos se as pessoas iriam gostar, pois o estilo da banda mudou muito depois do "Forged". Não sabíamos se as pessoas esperariam algo mais nesta linha. Mas mesmo assim, a resposta foi bem positiva. Mas não tivemos muito tempo para observar os frutos do "Screaming Voices", pois na sequência já começamos a gravar o "Struggle", no qual estamos envolvidos até hoje.

M4JZ - Qual a mensagem que o Bloodforge transmite em suas músicas?
Doug
- Sempre sobre o que acreditamos. Somos cristãos, mas também somos cidadãos, amigos, filhos, maridos, pais, profissionais... E acreditamos que a música é um veículo muito forte. Então, sim, temos letras cristãs, e nosso ponto de vista sobre a decadência da humanidade vem de um ponto de vista onde o amor ao próximo e o amor a Deus é o centro e o ponto comum.

M4JZ - Quem escreve as letras e quem compõe a melodia das músicas?
Doug
- Temos letras escritas por mim, pelo Rod Silva, pelo Marcus Lopes e também pelo antigo membro Gilmore Lucassen. As melodias em sua maioria são coordenadas pelo Rod Silva e pelo Marcus Lopes, mas todos têm sua participação. O ponto principal da banda é o respeito à opinião de todos os membros. Todos têm o mesmo direito de opinar, sugerir, criar etc.

M4JZ - Como a banda partilha sua fé com seus fãs?
Doug
- O primeiro passo é o respeito. Tocamos em lugares onde temos pessoas de todos os credos, e entendemos que o primeiro passo para ser respeitado, é respeitar. A maioria esmagadora das pessoas está ali para ver um show musical, e não uma pregação pastoral. Mas ao longo das músicas procuramos descrever sucintamente o que as letras falam, e também rapidamente passamos pelo que acreditamos, mas, mais importante, nos colocamos à disposição depois do show para conversas, aconselhamentos, ajuda, ou simplesmente uma conversa tranquila e um abraço amigável. Com isso, já tivemos a oportunidade de ajudar algumas pessoas uma palavra de conforto, ouvir pessoas com problemas em suas vidas, dar um ombro amigo, tentar ao máximo demonstrar o amor de Cristo. Além disso, também fizemos muitos amigos de vários credos (e não-credos!) nessas conversas depois dos shows.

M4JZ - Vocês tem se apresentado e qual a quantidade de shows que vocês fazem?
Doug
- Estamos num longo processo de produção do CD “Struggle”, o que diminuiu muito nossa agenda de shows. Temos hoje três shows marcados, sendo dois no estado de São Paulo e um no Espírito Santo.

M4JZ - Algumas palavras de despedida e sabedoria.
Doug
- Gostaríamos de agradecer de coração a todos as pessoas que curtem e apoiam nosso trabalho. Convidamos a todos que ainda não conhecem a banda a ouvirem nossas musicas, pois acreditamos que podemos agradar fãs dos mais variados estilos dentro de Metal. E, importante, leiam as mensagens das letras, mesmo que for usando o Google Translator! Eheheh. Quando sabemos que nossa música impactou alguém, o sentimento é de que valeu a pena todo esforço que tivemos, mesmo que se fosse somente para que aquela única pessoa estivesse sendo
impactada. Deus abençoe a todos!